A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou pandemia de covid-19.
A informação foi confirmada pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (11/03).
"Estamos todos juntos, para fazer as coisas certas com calma e proteger os cidadãos em todo o mundo. É factível", declarou.
"Todos os países devem encontrar um bom equilíbrio entre proteger a saúde, minimizar problemas econômicos e sociais e respeitar os direitos humanos."
"Lembro a todos os países nossas orientações: ativar e ampliar seus mecanismos de resposta a emergências, comunicar-se com a população sobre os riscos e sobre como se proteger, encontrar, isolar, testar e tratar todos os casos de covid-19, além e rastrear todos os infectados", destacou.
O que é uma pandemia?
O termo é usado para descrever situações em que uma doença infecciosa ameaça muitas pessoas de forma simultânea no mundo inteiro.
Um exemplo recente é o da gripe suína, em 2009, à qual é atribuída a morte de centenas de milhares de pessoas, de acordo com a estimativa de especialistas.
As pandemias acontecem, em geral, quando há um vírus novo capaz de infectar seres humanos com facilidade e de ser transmitido de uma pessoa a outra de forma eficiente e continuada.
O novo coronavírus, pelo que se sabe até agora, tem essas características.
Assim, sem uma vacina contra o agente patogênico ou tratamento que possa prevenir a doença, conter a sua disseminação é crucial.
De acordo com a descrição da OMS, uma pandemia se caracteriza quando está se espalhando entre seres humanos em uma série de países. Ela acontece quando há o aparecimento de surtos localizados em diversas regiões do mundo ao mesmo tempo.
O novo coronavírus já chegou a 110 países e a todos os continentes, exceto a Antártida, e infectou mais de 113,7 mil pessoas, levando cerca de 4 mil delas à morte.
A OMS estima que 3,4% dos pacientes morrem por causa de covid-19. Mas alguns especialistas estimam que essa taxa de letalidade gire em torno de 2% ou menos.
No Brasil foram registrados, até terça-feira (10/3), 34 casos da doença em oito Estados: São Paulo (19), Rio de Janeiro (8), Bahia (2), Espírito Santo (1), Minas Gerais (1), Alagoas (1), Distrito Federal (1) e Rio Grande do Sul (1). Outros 893 casos estão sob suspeita e 780 foram descartados.
Há seis casos de transmissão local, quando o paciente pegou o vírus no Brasil, em São Paulo (5) e na Bahia (1).
Fonte: BBC NEWS