Em entrevista coletiva por vídeoconferência neste domingo (22), o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, anunciou medidas socioeconômicas para reduzir os efeitos da pandemia do coronavírus no Brasil. No total serão liberados R$ 55 bilhões voltados para pessoas físicas e empresas e o BNDES acreditaque conseguirá manter mais de 2 milhões de empregos.
“O epicentro dessa crise é questão de saúde”, disse Montezano, durante a teleconferência. “A crise é temporária e já tem data para acabar.”
Entre as medidas do pacote divulgado por Montezano está a transferência de recursos do fundo PIS-PASEP para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O objetivo do BNDES é possibilitar saques extraordinários pela população a fim de movimentar a economia.
Além disso, o BNDES suspendeu temporariamente os pagamentos de parcelas de financiamentos diretos e indiretos para empresas. O banco também anunciou a ampliação do crédito para micro, pequenas e médias empresas a fim reforçar o capital de giro – R$ 5 bilhões serão destinados para isso. Também haverá um refinanciamento das operações indiretas para esse grupo de empresas de R$ 11 bilhões.
O banco também prevê liberar um socorro para empresas com faturamento de até R$ 300 milhões por ano. O limite de empréstimos será de R$ 70 milhões por empresa. O governo permitirá que o pagamento seja realizado de 24 até 60 meses com juros reduzidos. As empresas não precisarão justificar o destino do dinheiro.
Ajuda ao turismo
Montezano também respondeu que o BNDES, assim como o governo, esta estudando medias de auxílio para todo o setor de turismo, o que também inclui as companhias aéreas. O presidente do banco afirmou que devem ser destinados entre R$ 10 bilhões e R$ 20 bilhões de reais e que há diálogo com o Tesouro Nacional para a liberação dessa verba.
“O setor aéreo como um todo deve ser beneficiado e não apenas uma companhia”, disse Montezano, que também alertou as empresas multinacionais que buscarão ajuda do governo. “E esses empréstimos só deverão ser usados para as operações brasileiras das companhias.”