O presidente da Argentina, Alberto Fernández, decretará quarentena em todo o país a partir da meia-noite desta quinta-feira (19). A medida, que foi confirmada à CNN por fontes do governo, ficará em vigor ao menos até o dia 31.
"Cada um e cada uma ficará em sua própria casa. Ninguém tem que entrar em pânico. Precisamos de serenidade. Mas todos devem assumir a responsabilidade de cumprir a obrigação de se isolar", disse o presidente.
Com a quarentena, só poderão continuar em funcionamento serviços essenciais, como mercados e postos de combustíveis. Praças, parques, restaurantes, academias deverão permanecer fechados. Os serviços de delivery também serão suspensos.
A restrição de movimentação, no entanto, abrirá exceção para pais separados, que poderão se deslocar para questões relacionadas aos seus filhos.
O presidente afirmou também que as forças de segurança "farão cumprir estritamente" as normas da quarentena "para proteger toda a população argentina".
"O Estado será implacável com aqueles que puserem em risco a saúde dos argentinos", disse Fernández.
Hábitos dos argentinos, "como o chimarrão e o abraço", terão que ser suspensos temporariamente, lembrou o presidente.
Fernández disse ainda que o "desânimo social" é um "inimigo invisível" diante de uma luta longa, mas a população deve ter em mente que as medidas tomadas hoje terão efeitos positivos mais adiante.
"O objetivo é que a pandemia seja governável, que o aumento dos contágios seja compatível com nosso sistema de saúde", declarou.
Segundo o informe de hoje do Ministério da Saúde argentino, o país tem 128 casos confirmados do novo coronavírus e três mortes decorrentes da COVID-19.
FONTE: CNN