Conhecida por trazer política para o Carnaval, a Mangueira não decepcionou e exibiu faces diversas de Jesus. O grande destaque da escola de samba do Rio de Janeiro foi o pedido por respeito e tolerância. O enredo falava de hipocrisia religiosa e apontava violências sofridas por minorias. Para reforçar a mensagem, Jesus surgiu como mulher, índio e negro com balas alojadas no corpo. Outra ala da Mangueira mostrava abuso do poder policial. A escola ainda apresentou apóstolos dançando funk sobre a Santa Ceia. Cheio de ironia, o desfile contou com uma seção chamada “Bandido bom é bandido morto”. A comunidade LGBTQ também teve vez na montagem, com reflexões sobre a violência sofrida pelo grupo. Flâmulas com as cores do arco-íris destacavam a pergunta: “Vai tacar pedra?”, enquanto pessoas desfilavam penduradas em cruzes, onde se liam a frase “Só ame”.
Carnaval 2020: Desfile da Mangueira mostra Jesus como negro e mulher
fevereiro 24, 2020
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Conhecida por trazer política para o Carnaval, a Mangueira não decepcionou e exibiu faces diversas de Jesus. O grande destaque da escola de samba do Rio de Janeiro foi o pedido por respeito e tolerância. O enredo falava de hipocrisia religiosa e apontava violências sofridas por minorias. Para reforçar a mensagem, Jesus surgiu como mulher, índio e negro com balas alojadas no corpo. Outra ala da Mangueira mostrava abuso do poder policial. A escola ainda apresentou apóstolos dançando funk sobre a Santa Ceia. Cheio de ironia, o desfile contou com uma seção chamada “Bandido bom é bandido morto”. A comunidade LGBTQ também teve vez na montagem, com reflexões sobre a violência sofrida pelo grupo. Flâmulas com as cores do arco-íris destacavam a pergunta: “Vai tacar pedra?”, enquanto pessoas desfilavam penduradas em cruzes, onde se liam a frase “Só ame”.