5. Tsingy de Bemaraha National Park – Madagascar
O Tsingy de Bemaraha National Park é um parque nacional localizado em Madagascar, na África. O local é protegido pela Unesco, entretanto, não precisa de cercas ou dezenas de guardas florestais para protegê-lo.
Ele é formado basicamente por rochas, gigantescas lâminas de pedra que garantem a segurança do lugar. Com mais de 400 quilômetros quadrados, ele é praticamente uma enorme armadilha.
Esses enormes obeliscos de calcário são cheios de lanças pontiagudas capazes de cortar qualquer pessoa, não importando o quão cuidadosos forem os seus movimentos. O parque é tão intransponível que os biólogos o chamam de “biofortaleza”, e sempre que há alguma expedição ao local novas espécies de animais são descobertas.
Este tipo de trabalho, entretanto, é extremamente perigoso. Se a palavra “tsingy” significa algo como “lugar onde você não anda descalço”, utilizar material comum de escalada também não é uma boa ideia.
Segundo alguns cientistas que realizaram investidas no parque, as rochas são capazes de mastigar cordas e equipamentos com a mesma facilidade que alguém come um pedaço de carne. E uma queda nessas pontas feitas de pedra não deve ser nada agradável, não é mesmo?
4. Boiling Lake – Dominica
Dominica é uma ilha localizada entre Porto Rico e Trinidad e Tobago. Entre as suas principais atrações está um lugar quente, muito quente.
Estamos falando do Boiling Lake, um lago localizado a cerca de 200 pés de profundidade e que, como o seu nome mesmo sugere, conta com água em ebulição, 24 horas por dia, sete dias por semana.
O lugar não conta com aquelas piscinas termais, comuns em vários lugares famosos por permitirem “banhos terapêuticos”. Aqui, a temperatura média da água fica em 197 graus Célsius – isso em medições realizadas na margem do local.
Já no meio do lago, ainda não foram coletados dados precisos sobre as temperaturas atingidas. O calor é tão intenso que algumas pessoas içam tirolesas por cima da água para cozinhar alimentos no vapor.
Ficou a fim de ir lá descobrir a temperatura no meio do Boiling Lake? Então tome muito cuidado, pois além da água fervente, existem vários riscos na margem, como o fato de que ali as pedras são bem escorregadias – e um banho no local não é nada recomendado.
3. Bolton Strid, Yorkshire – Inglaterra
À primeira vista, este córrego localizado em Yorkshire (um dos condados históricos mais famosos da Inglaterra) parece inofensivo. Entretanto, o lugar esconde segredos que podem matar qualquer turista desavisado.
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Basta caminhar ao lado dele para começar a desvendar os seus segredos: antes de apresentar esse aspecto, o riacho é, na verdade, um grande rio chamado Wharfe. Mas para onde vai toda a água?
É aí que está o mistério. Apesar de estreito e com visual calmo e relativamente tranquilo, o lugar conta com águas muito profundas. E essa distância “para baixo” nunca foi medida, uma vez que a correnteza também é muito mais forte do que parece. Além disso, há uma infinidade de cavernas subaquáticas que funcionam como tanques, armazenando toda a água vinda daquele imenso rio.
Talvez por tudo isso, esse pequeno córrego, que parece ser fácil de ser transpassado, apresenta uma taxa de mortalidade de 100%. Isso mesmo, não há notícias de ninguém que tenha sobrevivido a uma queda em suas águas.
2. Triângulo de Afar – África
O Triângulo de Afar, na África, é considerado como um dos pontos mais instáveis de todo o planeta Terra. O lugar fica entre duas placas tectônicas, a africana e a arábica, e as duas estão se distanciando, fazendo com que surja uma grande e impressionante depressão.
E não estamos falando de um simples buraco, pois além da crescente profundidade, ele também fica em uma região vulcânica ativa. Dessa forma, alguns dizem ser possível ouvir o barulho do magma incandescente se movimentando embaixo da terra.
Além disso, labaredas de fogo formadas pelo gás inflamável são comuns no lugar, atingindo temperaturas de até 400 graus Célsius. Ou seja, um tombo no Triângulo de Afar pode não só quebrar os seus ossos, mas também cozinhá-lo vivo.
1. Redemoinho de Corryvreckan – Escócia
Os redemoinhos são um fenômeno natural mais famoso nos desenhos animados do que na vida real. Entretanto, essa afirmação pode não ser tão bem aceita assim, pelo menos para os navegadores escoceses.
O redemoinho é conhecido por ser um dos mais perigosos e violentos de todo o planeta: ele “funciona” eternamente, não dando descanso para nenhuma embarcação. As causas de sua contínua atuação são várias.
Estar posicionado entre duas ilhas ajuda, mas o fator principal é a existência de um grande pináculo, uma espécie de saliência que surge do fundo do mar e vai quase até a superfície. Logo ao seu lado, há uma grande depressão, com quase 70 metros de profundidade.
Dessa forma, complexas forças causadas pela maré, além da formação geológica favorável, fazem com que o Redemoinho de Corryvreckan exista – e não pare nunca de trabalhar.
Em um dia com tempo bom e águas calmas, é possível pagar um barco escocês para levá-lo até perto do turbilhão. Assim, de uma distância relativamente segura, você pode observar o seu comportamento e toda a sua força.
Bem, para quem já enfrentou imensas pedras afiadas, um córrego sem fundo, um lago de água fervente e um buraco que surgiu entre duas placas tectônicas, até que isso parece ser uma tarefa fácil e tranquila...