O Sol costuma emitir rajadas de radiação e outras partículas constantemente em direção à Terra. Esse tipo de atividade estelar já atinge, por exemplo, nossos satélites, ondas de rádio e redes de comunicação. Porém, a cada século é comum haver registros do que os astrônomos chamam de “supertempestades”, ou seja, rajadas tão massivas de radiação e plasma que podem causar danos muito grandes às tecnologias atuais.
A última atividade dessas de que temos notícia aconteceu em 1859 e, na ocasião, chegou até mesmo a provocar auroras nos céus de diversas regiões, um fenômeno que, normalmente, só acontece nos polos do nosso planeta. E o que torna esses eventos mais temíveis é o fato de que só podemos prevê-los com cerca de 30 minutos de antecedência. Por isso, seria importante que o mundo investisse na infraestrutura necessária para minimizar os danos que uma supertempestade solar possa causar.
Pensando nisso, a Sociedade Real de Engenharia do Reino Unido emitiu um comunicado incentivando a Inglaterra e outros países a aperfeiçoarem suas tecnologias para que resistam a esse tipo de fenômeno natural.
De acordo com a academia, muitas medidas sobre isso já foram tomadas no Reino Unido e, por exemplo, toda a malha elétrica da região já foi modificada para resistir a esse tipo de dano. E apesar de os responsáveis pela energia elétrica da região já possuírem um plano de ação, há diversos outros setores que ainda precisam investir esforços nesse trabalho de prevenção.
Ações para minimizar danos
Esse tipo de evento poderia afetar, por exemplo, satélites, sistemas de GPS, o setor da aviação e até mesmo a comunicação móvel, interrompendo alguns desses serviços momentaneamente. Segundo o comunicado realizado, é necessário, por exemplo, que alertas de radiação estejam presentes tanto em terra firme quanto no ar e no espaço, para ajudar a minimizar danos e a quantificar os riscos.
Além disso, a academia sugere que as supertempestades solares sejam classificadas como emergências para passageiros e tripulações a bordo de aviões. Mesmo que os níveis dessa radiação não sejam tão preocupantes, é possível que eles aumentem os riscos de desenvolvimento de câncer em quem estiver exposto a eles. Essa exposição é maior para quem estiver voando no momento da tempestade.
Outra recomendação feita para o Reino Unido é a de que as redes de comunicação sejam atualizadas para trabalhar sem GPS por períodos curtos de tempo, principalmente as usadas para situações de emergência. Agora, resta saber se a Inglaterra e outras nações do mundo terão tempo hábil para resolver esses problemas antes de uma supertempestade atingir a Terra.
FONTE:MEGA CURIOSO
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