Em 2004, o The New York Times escreveu um artigo sobre uma baleia que vagava sozinha por ter um problema que a diferenciava de todas as outras: sua "canção" estava fora da frequência natural, em 52Hz, muito mais alta que a vocalização da maioria das baleias (que normalmente vocalizam entre 15Hz e 20Hz, dependendo da espécie).
"Sua assinatura sonora é claramente a de uma baleia, mas nada como a 'voz normal' de uma baleia-azul ou qualquer uma das espécies maiores próximas" disse Mary Ann Daher, uma bióloga marinha da Instituto Oceanográfico de Woods Hole em Cape Cod. Cada um de seus chamados desesperados para se comunicar permanece sem resposta, pois é como se os outros indivíduos não pudessem ouvi-la.
A Dra. Kate Stafford, pesquisadora do Laboratório Nacional de Mamíferos Marinhos, afirma que há motivos suficiente para acreditar que o animal seja saudável: "O fato de que este indivíduo tenha sido capaz de existir nesse ambiente solitário por pelo menos 12 anos indica que não há nada de errado com ela". Em 1992 ela foi descoberta no Pacífico Norte por sensores da matriz de hidrofones usados pela marinha norte americana para monitorar submarinos inimigos. Até 2004, a baleia foi detectada todos os anos.