Dormimos e acordamos com nossos celulares, levamos a mesa na hora das refeições e até mesmo no banheiro; podemos nos deparar com a típica cena de pessoas digitando em qualquer hora do dia. Estamos tão viciados que não conseguimos ficar mais de um minuto sem olhar para ele, existem ainda os que têm a impressão de ouvirem e sentirem o aparelho vibrar – sem mesmo sequer ter recebido nada.
Seja qual for à situação têm pessoas olhando para tela do celular, escrevendo mensagens: enquanto conversam, enquanto namoram, enquanto dirigem, enquanto assistimos televisão, durante reunião, durante as aulas, diante a qualquer situação. O pior é que, agora, podemos ser localizados em qualquer lugar e em qualquer hora. Fim da privacidade?
As pessoas, já viciadas, se estiverem impossibilitadas de se comunicar através de celulares – por causa da falta de créditos ou bateria – começam a ficar angustiadas; e recentemente ganhou o nome de Nomofobia, que caracteriza esse desconforto de ficar sem o aparelho móvel. Sim, agora já é considerado uma doença. Para os mais dramáticos, tirar o celular de seu domínio e a mesma coisa que amputar um braço. Ficam limitados.
Dificilmente encontraremos pessoas defendendo a volta do mundo antes desses aparelhos digitais - a reversão devido às proporções que já chegou já e vista como impossível. Eliminar tal conforto alteraria o comportamento e hábito de muitas pessoas.
Através deles, acessamos nossos perfis nas redes sociais, mandamos e recebemos mensagem, lemos as noticias, tiramos fotos, ouvimos musicas, assistimos vídeos, e mais, extinguimos as cartas, e estamos assistindo a morte dos telefônicos públicos, ninguém está imune e não á vacina contra isso. Os números não mentem e apenas impressionam: no Brasil tem mais celulares do que pessoas. Eles são grandes, pequenos e de todos formatos.
Vamos assumir que não sabemos a hora de desconectar e nos livrar nessa dependência, sem o sentimento de culpa e angustia. A principio era apenas de ferramenta de voz com objetivo de facilitar o contato ou suprir a falta de tempo para nos encontramos pessoalmente com familiares e amigos, hoje se tornou uma poderosa arma de comunicação incontrolável – e viciante.